O crescimento de 0,6% da economia brasileira no terceiro trimestre mostra que a fase de desaceleração da atividade no país “ficou para trás”, na avaliação do governo. Em relatório, o Ministério da Economia afirma que o país está crescendo com “mais vigor”.
“Os resultados das Contas Nacionais Trimestrais confirmam o que já foi evidenciado por outras estatísticas mensais do IBGE e de outras fontes: a desaceleração da atividade econômica ficou para trás e a economia já está crescendo com maior vigor”, diz o relatório, elaborado pelo time do secretário de Política Econômica (SPE), Adolfo Sachsida.
O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre foi divulgado nesta terça-feira pelo IBGE. O crescimento veio acima da mediana das expectativas de analistas do mercado financeiro, que esperavam alta de 0,4%. Para o fim do ano, a previsão é de avanço de 1%.A equipe econômica atribui o número positivo a uma série de fatores, incluindo a liberação de saques das contas do FGTS e o plano de ajuste nas contas públicas.
Assim, destaca o documento, foi possível retomar o crescimento, apesar do encolhimento dos gastos do governo (que, só no terceiro trimestre, encolheram 0,4%, frente ao segundo trimestre). O investimento privado, por sua vez, registrou alta de 2%, na mesma base de comparação.
A expectativa do governo é que os efeitos dessas ações continue a ser sentido no ano que vem. Apesar do saque imediato das contas do FGTS ter se concentrado em 2019, trabalhadores poderão ter acesso, a partir de 2020, ao chamado saque-aniversário — que funcionará como uma espécie de décimo quarto salário, contribuindo para impulsionar o consumo das famílias.
“Os efeitos dessas medidas se propagarão para 2020 e o PIB do setor privado continuará acelerando, confirmando um crescimento substancialmente superior ao observado nos últimos anos. O resultado divulgado hoje mostra o aquecimento da economia, que deverá ser reforçado no final deste ano. Desse modo, o Natal de 2019 deverá ser o melhor dos últimos anos”, conclui o relatório da SPE.
Fonte: Época Negócios