Onda de cortes na projeção do PIB do Brasil em 2020 ganha força

Vem ganhando força uma onda de cortes das previsões de crescimento da economia brasileira em 2020.

Só na última semana, os bancos Barclays, Citibank, BNP Paribas e MUFG Brasil revisaram para baixo as suas estimativas, se somando a um grupo que já contava com UBS, JP Morgan e Santander.

A tendência também apareceu no último Boletim Focus, pesquisa semanal realizada pelo Banco Central para medir as expectativas do mercado, onde a projeção para o PIB este ano foi de 2,3% para 2,23%.

As revisões ameaçam repetir um fenômeno que vem desde 2017. As projeções começam o ano apontando um crescimento de 2% e depois são cortadas sucessivamente até chegar ao patamar de 1%.

O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou na segunda-feira que o governo não vê razão para alterar a sua projeção, hoje em 2,4%.

Outras instituições financeiras também estão mantendo suas projeções, como o Itaú Unibanco, que prevê crescimento de 2,2% em 2020.

De acordo com uma pesquisa divulgada nesta semana pelo Bank of America, 90% dos investidores ficariam decepcionados se o crescimento do PIB não atingisse sequer 1,5%, enquanto metade se frustraria mesmo com um resultado abaixo de 2%.

Razões
As revisões mais recentes tem duas raízes principais. A primeira é que os dados de atividade do final do ano passado vieram mais fracos do que o esperado, incluindo a prévia do PIB divulgada pelo BC.

A segunda é a incorporação nos modelos do impacto da epidemia de coronavírus sobre a economia chinesa, que absorve 30% das exportações brasileiras.

“O coronavírus tem impacto em três frentes: reduz exportações do Brasil, diminui a renda do setor exportador por causa da queda dos preços das commodities e pode trazer problemas de produção em alguns setores”, disse Carlos Pedroso, economista sênior do MUFG Brasil.

O BNP Paribas, o mais pessimista, cortou sua projeção de crescimento da economia chinesa neste ano de 5,7% para 4,5%.

Além da questão externa, já no início do ano o banco notava que a recuperação da economia brasileira avançava em duas vias, cada uma com uma velocidade diferente.

Pela “pista expressa”, vão as regiões menos dependentes do setor público, crescendo a uma taxa anual de 2,5% ou mais. Pela “pista local” vão as demais, praticamente estagnadas em uma taxa anual de 0,5%.

(Com Estadão Conteúdo e Reuters)

Fonte: EXAME

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