Nota de R$ 200: lobo-guará tinha sido terceiro colocado em pesquisa feita pelo Banco Central em 2001

Os primeiros colocados haviam sido a tartaruga-marinha, usada na cédula de R$ 2, e o mico leão dourado, incorporado na nota de R$ 20.

O animal escolhido para a nova nota de R$ 200, o lobo-guará, foi o terceiro colocado em uma pesquisa feita pelo Banco Central em 2001 na qual a instituição perguntava à população quais espécimes da fauna gostariam de ver representados no dinheiro brasileiro.

O primeiro lugar foi a tartaruga-marinha, usada na cédula de R$ 2. O segundo, o mico-leão-dourado, incorporado na cédula de R$ 20.

Em 2012, passaram a circular as notas da 2ª família do real, modelos novos com elementos de segurança mais modernos e fáceis de verificar. Os cédulas tinham novas marcas táteis e cada valor teria um tamanho diferente para facilitar a identificação dos valores.

A criação da nota de R$ 200 anunciada nesta quarta-feira (29) pelo Banco Central faz parte de uma história de raras mudanças na gama de cédulas de real desde o início de circulação da moeda. Trata-se de um novo valor pela primeira vez desde 2002.

História
Há 18 anos, era lançada a nota de R$ 20, último lançamento de quantia em nota no país. Um ano antes, em 2001, surgiu a nota de R$ 2. No meio tempo, houve a aposentadoria da nota de R$ 1, em 2005.

Em comum, os lançamentos de cédulas têm um mesmo objetivo: diminuir as transações feitas com dinheiro vivo, economizando com impressão de papel moeda.

Para o lançamento das notas de R$ 2 e R$ 20, o Banco Central havia realizado estudo que indicava redução de mais de 30% no uso de cédulas com os novos valores. A lógica é simples: sem a nota de R$ 20, eram necessárias quatro notas de R$ 10 para chegar a R$ 40.

A nota de R$ 200 aparecem em contexto parecido. Neste mês, o governo teve um gasto extra de R$ 437 milhões para impressão de cédulas, com o objetivo de imprimir R$ 100 bilhões adicionais em dinheiro de papel.

De acordo com a área econômica, a crise do novo coronavírus foi um dos motivos para o aumento da procura. A pandemia levou as pessoas a "entesourarem" recursos em casa, ou seja, manter reserva em cédulas.

Outro motivo apontado é a necessidade de fazer frente ao pagamento do auxílio emergencial – estimado em mais de R$ 160 bilhões considerando as cinco parcelas aprovadas.

Boa parte dos beneficiários, sobretudo os de menor renda, preferiu sacar o benefício em espécie. Apenas segundo números da Caixa Econômica Federal, mais de 20 milhões de saques foram feitos até essa quarta-feira.

Fonte: G1

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